RESUMO
Este estudo teve como objetivo avaliar a eficiência do cloprostenol na indução do estro e taxa de gestação em vacas de corte repeat-breeders, comparando a eficiência de meia dose na submucosa vulvar. Foi utilizada dose de 1 mL (250 mg de cloprostenol) na submucosa vulvar no grupo 2 (G2)= 25 vacas; e dose clássica de 2 ml (500 mg de cloprostenol) intramuscular, formado pelo grupo 1 (G1)= 24 vacas meio sangue Nelore-Chianina, totalizando 49 fêmeas repeat-breeders, com escore corporal 3,5 (1 a 5), sem alterações ao exame ginecológico. As vacas se encontravam com 175+-13 dias de período pós-parto, mantidas em estação de cobertura durante 89 dias, entre Dezembro 2003 e Fevereiro de 2004. Foram inseminadas uma vez, seguidas por duas a três coberturas naturais, efetuadas por touros aptos após exame andrológico, acasalados na proporção de 1:20. A aplicação de cloprostenol foi repetida 11 dias após a primeira dose, nas vacas que não apresentaram estro. Realizou-se rufiação 2 vezes ao dia, durante cinco dias após a aplicação de qualquer dose de cloprostenol. As porcentagens totais de estro foram de 79,16 por cento (G1) e 56 por cento (G2). A média de horas para apresentação do estro foi de 81,35h (1ª dose) e 92,8h (2ª dose) para o G1; e de 76,1h (1ª dose) e 71,5h (2ª dose) para o G2. Com relação à média de horas para a manifestação do estro nos grupos G1 e G2 para a 1ª dose, 2ª dose e para o total de vacas no estro, não houve diferença significativa (p>0,05). As inseminações artificiais foram realizadas 12h após a observaçåo do estro e o diagnóstico de gestação aos 53 dias após a última inseminação, por meio de palpação retal, confirmado com ultra-sonografia transretal, sendo diagnosticadas 20 vacas gestantes, dez no G1 e dez no G2, perfazendo 40,8 por cento de gestações. Não houve diferença entre o total de vacas gestantes no dois grupos. Sugere-se a aplicação estratégica da meia dose de cloprostenol na submucosa vulvar para a indução do estro em vacas repeat-breeders, ao término da estação de cobertura.
